Physical Tests "versus" Simulation

Já faz um tempo que gostaria de escrever sobre esse tema. Como engenheiro há mais de 15 anos, tendo passado por empresas de ponta como Embraer, tenho visto uma mudança de posicionamento técnico na indústria que vale à pena discutir e avaliar.

 

Nestes anos todos acompanhando as principais empresas de engenharia do Brasil e do mundo, sempre percebemos que havia uma certa "rivalidade" entre os times de simulações e testes de laboratório. Não por acaso as palavras "versus" e "rivalidade" no título e aqui estão entre aspas. Na verdade, estas duas equipes sempre se complementaram: seja o time de simulações usando os dados de testes físicos para validar os modelos (às vezes até para obter condições de contorno para a simulação); ou mesmo o time de laboratório usando resultados de simulações como forma de extrapolação do experimento. De qualquer forma, os engenheiros em algum momento da linha do tempo, podem ter se sentido ameaçados pelo avanço da tecnologia do outro lado. O fato é que estes dois mundos coexistem muito bem e se complementam bastante, porém em áreas distintas das empresas, na sua maioria.

 

... e este é o ponto de mudança ...

 

Recentemente, temos visto um movimento em algumas empresas por unir estes dois times sob uma mesma gerência ou coordenação. Algumas empresas já enxergaram como a sinergia entre estas duas áreas é capaz de acelerar o desenvolvimento dos produtos e reduzir o retrabalho. Simular o comportamento de um produto ainda na fase CAD é bom, mas não é mais suficiente. Uma vez tendo o primeiro protótipo, validar a simulação rapidamente resulta em um modelo mais "maduro" e com menor margem de erro. A engenharia é sempre disruptiva e inovadora, ou seja, possibilidade de erro está sempre ali ao nosso lado (e bem próximo).

 

O conceito avançou tanto que hoje já estamos no conceito de Simular e Testar Fisicamente ao mesmo tempo. É possível construir um sistema virtual completo (1D) e acoplar com o teste físico de um determinado componente, avaliando a sua performance conjunta com o sistema e não mais isolado. Um exemplo poderia ser o fabricante de uma bomba ou de uma válvula poder testar fisicamente o seu protótipo, usando uma bancada de testes virtual, que represente a tubulação completa do cliente final. Isso é possível e viável, mas os sistemas de ambos os lados têm que estar completamente acoplados/integrados para que se tenha ganhos ainda maiores.

 

De qualquer forma a tecnologia está aí à nossa disposição. Unir os times de simulações e testes sob um mesmo guarda-chuva pode resultar em um ganho de sinergia e realmente reduzir o tempo de desenvolvimento do produto. E isso faz a diferença entre quem lança um produto inovador e quem lança somente um produto ...

 

-Referência:

ATAIDES, Régis. Physical Tests "versus"? Simulation. LinkedIn, Publicado em 5 de novembro de 2018. Disponível em: <https://www.linkedin.com/pulse/physical-tests-versus-simulation-regis-ataides/>. Acesso em: 8/11/2018.

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